As smart cities aparecem como verdadeiras promessas de melhoria do ambiente urbano, elas prometem atrair empresas e pessoas para as cidades, modernizar a infraestrutura urbana, reduzir custos, possibilitar a acessibilidade nos mais variados espaços urbanos e além disso tudo, também prometem criar maneiras de proteger o meio ambiente.
Mas afinal de contas, escutamos sobre as smart cities há alguns anos e a dúvida permanece, o que são as smart cities?
Um dos elementos mais importantes para distinguir uma cidade inteligente de outras cidades é sem dúvida a utilização da tecnologia. Estamos vivendo a 4ª revolução industrial e a utilização da internet para realizar diversas atividades já faz parte do nosso cotidiano. Com a chegada do 5G e a utilização da IoT (Internet das Coisas), utilizar a internet como ferramenta para potenciar a melhoria da infraestrutura urbana torna-se mais fácil. Poder utilizar-se das facilidades que a tecnologia nos traz para melhorar a qualidade de vida dos habitantes das cidades é um dos pilares que sustenta o conceito por trás das cidades inteligentes.
Mas de que forma isso pode ser feito, acompanhe-nos neste artigo especial sobre as smart cities da tech takes para saber tudo a respeito das smart cities.
A tecnologia da informação e as cidades inteligentes
Não existe uma maneira única de construir uma smart city, em alguns casos foi a iniciativa privada que tomou a frente e em outros casos é o governo que assumiu o protagonismo. Cada urbanidade deve levar em consideração o seu próprio entorno geográfico e levar em consideração a demanda dos seus habitantes para assim poder construir um projeto de cidade inteligente.
Podemos afirmar que o conceito das smart cities está ligado diretamente com o do avanço tecnológico, a tecnologia mudou a forma como nós nos relacionamos com o mundo. E a internet deu um salto na forma como nos comunicamos e interagimos socialmente.
As smart cities aparecem como uma forma de alinhar todo o avanço tecnológico atrelando-o com o avanço da comunicação em rede, e utilizando ambos fatores em conjunto para possibilitar que isso ajude os habitantes a alcançarem uma melhor qualidade de vida em duas cidades.
Smart Cities no Brasil
O Brasil é um dos países mais conectados do mundo e a população brasileira é a 2ª que mais passa tempo na internet, somente os filipinos passam mais tempo na internet do que os brasileiros. A ampla utilização da internet por parte dos brasileiros resulta em vários fatores que influenciam diretamente na maneira como a população brasileira interage socialmente.
No entanto, é claro que se há atualmente mais de 150 milhões de pessoas conectadas diariamente, isso significa também que o país goza de uma infraestrutura suficientemente grande para que tantas pessoas possam estar conectadas. E para que uma cidade possa ser transformada em uma smart city, possuir uma boa infraestrutura de TI é indispensável.
A seguir comentaremos sobre algumas cidades do Brasil que têm se destacado como Smart Cities.
São Paulo
A capital paulista se destaca na área da conectividade. São Paulo é considerada uma smart city que possui uma velocidade média de 93,7 Mbps e que 99,8% da população possui acesso à cobertura 4G. Outro fator que São Paulo tem a seu favor é o da mobilidade urbana que possui diversos modais de transporte, destacando-se seus 600 quilômetros de ciclovias o que resulta em uma média de 5,53 quilômetros de ciclovia por habitante da metrópole. A capital foi uma das primeiras cidades brasileiras a implantar o bilhete eletrônico no transporte público, possibilitando ao usuário utilizar ônibus, trem e metrô através do mesmo bilhete.
Florianópolis
A capital catarinense também tem sido chamada ultimamente de Ilha do Silício, em uma clara referência ao Vale do Silício da Califórnia, reduto das sedes das maiores empresas de tecnologia do mundo. E não é à toa que Floripa ganhou esse novo apelido. A cidade ocupa o segundo lugar no Índice de Cidades Empreendedoras 2020, estando atrás somente de São Paulo. Florianópolis é reconhecida como um dos principais pólos de inovação do Brasil.
Curitiba
Curitiba foi sede no mês de março do principal evento sobre Cidade Inteligentes do mundo. A Smart City Curitiba contou com a participação de mais de 15.000 pessoas de diversas áreas que buscaram estabelecer diálogos para ampliar a rede de cidades inteligentes no país. A capital paranaense é considerada referência internacional em planejamento urbano, e nos últimos anos o governo implementou um novo modelo de gestão pública, um modelo que procura responder às necessidades de seus habitantes com base nas próprias demandas desses habitantes. O resultado desse modelo implementado contribuiu para uma maior diversidade das empresas inovadoras que atendiam a esses problemas: meio ambiente, saúde, educação e segurança, mobilidade.
Qualidade de vida aliada à tecnologia
Conviver diariamente com a tecnologia ao alcance das nossas mãos impactou diretamente a forma como vemos e interagimos com o mundo ao nosso redor. As smart cities se utilizam de um conjunto de sistemas informáticos e tecnológicos que atuam em dimensões físicas e digitais, realizando tarefas dirigidas com certo grau de autonomia e com certo grau de capacidades e comportamento cognitivos.
O objetivo é otimizar o processamento e seleção de informações coletadas a partir de dados estruturados armazenados em plataformas físicas e digitais.
A tecnologia smart, presente no nosso cotidiano em nossos smartphones, nos possibilita acessar as mais variadas informações de praticamente qualquer lugar que tenha cobertura Wi-Fi ou cobertura de internet móvel, como a 3G, 4G e a mais recente 5G.
O conceito smart nas cidades tende a utilizar-se das mesmas ferramentas da tecnologia da informação para atender as demandas dos habitantes dessas cidades com a intenção de criar espaços urbanos que elevem a qualidade de vida dos cidadãos.
Em resumo
O que uma cidade pode fazer para seguir o caminho certo para converter-se em uma smart city? As cidades que se utilizam de tecnologia para melhorar a vida dos seus cidadãos realizam isso através de conexões.
De tal maneira, que os objetos fixos, como casas, prédios, escritórios comerciais, e os fluxos da cidade, como a rede de transporte, por exemplo, não podem ser vistos unilateralmente, é necessário utilizar-se da infraestrutura urbana e tecnológica já construída e procurar a conexão possível entre esses objetos fixos com o fluxo de pessoas e de outros objetos presentes na paisagem urbana da cidade.
Portanto, o caminho a ser percorrido na construção de uma smart city passa pelo alinhamento do ambiente preexistente com a tecnologia para atender as necessidades presentes e futuras dos habitantes dessas cidades.